Como se uma memória deixada no quarto
Que trancado escondera os medos
De não poder existir no amanhã
As fotos manchadas por meras lágrimas
Sobre uma escrivaninha, já esquecida e velha
Guardando cartas rasuradas no escuro
No silêncio das noites frias e cinzentas
Que nem mesmo as sombras se desvendavam
desejando teu corpo a me acalentar
E todo sonho, tornou-se uma realidade
Inatingível ao impossível, que estava realizado
E o meu teto se fez uma pintura íntima,
e o vento invadia o quarto silenciado pelas paredes
Solstício de inverno, e eis o melhor de mim
Aqui sobre este olhar tênue a janela afora,
Nenhum comentário:
Postar um comentário