"O silêncio enternece estes vastos corredores
Cheio de telas e silhuetas, onde encontro você
Perdida no pensamento em que também se perde os meus passos
Chove enquanto descaminho do meu acalanto
As flores lá além-do-jardim, desejam voltar
A serem orvalhadas pelas gotas cristalinas
Que trazem e carregam devaneios distintos de mim,
O que se esconde por detrás destas pesadas portas
Que se trancaram a anos, deixando o ar de mistério
Anos que não voltam senão pelo querer do pensamento
Que eleva o sentido das horas, e te levam novamente
Ao cais do outro lado do horizonte, que me busca
Alusões sorrateiras que me perturbam a escuridão,
Olhos que acendem as velas, dissipando o medo
Carregando para longe a sensação da insonia
Por através destas janelas vitrais e desenhadas
.Como um INSTANTE que desvanece alta-madrugada,
E ela sonha.
Sobre o solstício de inverno, até que encontre
Seu destino perdido por entre ruas abandonadas.
25 de novembro de 2013
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