Sempre ali a deslizar a sombra
Entre a lâmpada acesa
Ao corredor cadente sem hora
E nos impressiona o cair da noite
Pois é divindade desde a eternidade
De férteis estrelas que moldam o céu
Homens desconhecem teus nomes
Tuas existências passam despercebidas
Voam poeiras estrelares que cismam
Entre a terra e o abismo de gentes
Ursa e Órion e as Plêiades fascinam
Acontecimentos distintos dos olhos mortais
Movem-se as pontes e caminhos
E se dividem as águas do Pacífico
A se achar no gélido Ártico
Tombam os outeiros e floras
Perseguem o nada que desprezam
Mas buscam ser, erram a tentativa
E depois se dispersam...
Entre o nada e o cais a velar.