30 de junho de 2017

" Cada corpo e coisa que há, tem seu brilho e forma,

O sol tem o seu brilho,
E a lua tem o seu próprio brilho
As estrelas também brilham,
e cada uma delas, tem seu brilho.

Me fascina o teu ser

Intocável e longínquo
Faz-me transbordar em sentimentos
Das sensações que me tomam
É como um socorro tua companhia
Não porque imagino, mas busco
De certa forma encontrar
Sinto-me perdido
Em meio a este mar
E mesmo assim, me dou sem medo
Calo o coração, sinto com os olhos
Naufragando as emoções
Embala a minha vida
Como uma bela sinfonia,
Larga e alegre, distinta
E sem igual como o que sinto
Pouso as mãos neste soslaio, me permito
E toco o sol, sem que ele sinta...
Contemplo tua existência,
Passa o vento,
Canta o pássaro
E vejo a flor
Em meio a isto
Nasce a vida
Despertas /
E brinca a criança
Que solenemente
Se senta e quieta
Move os pés de lá pra cá
Tornando possível
O sonho distante.

28 de junho de 2017

Ouço teus passos


Que me encontram,
Entardece meu jardim
Gentil fragrância, percorre
E me aproximo
Do sorriso que me aguarda
Vez após vez, fecho os olhos,
E sinto teu mover
Sobre cada canto mudo
D'onde sinto que não há lugar
Que eu me sinta mais em casa
Do que aqui...
E vou escrevendo está história...
De amor furioso...
De um sentimento titânico
Gentilmente eu sigo tua fragrância
E me encontro,
Quando antes perdido estava
Diante destes olhos
Que me procuram
Abandonando o mover emocional
E se achegando ao vento....
Retenho meu desejo e vôo,
Me desfaço de mim, e sou livre
E para ti, esta canção
E meu respirar é estar aqui,
Provisão dos lírios, dos pássaros que cantam
Vem de ti, águas mansas de um rio selvagem
Torna-me céu, para eu te ver do alto
Toca-me silenciosamente para que em tudo eu te sinta
E ame sem questionar
Sutilmente sinto tua fragrância, não como das flores do campo
Mas de como pode haver o infinito além de mim.
Teu sorriso me aguarda...
Os teus olhos me procuram

27 de junho de 2017

Finda-se a tarde, e me silencio
Ao cair da noite, aprecio a paisagem
Muda e surda de estrelas cadentes
Que deslizam o vasto céu frondosos por nuvens
Sem nomes, clamo pelo vento
Chamo teu nome, mas no mesmo silêncio
Que sou e me faço por existir...
Eis-me diante da solitude, o medo
Que me toca, se parte
Pois sou fogo que queima
E aquece este inverno
20:34 de uma noite,
Em que tua companhia
Torna-se âncora desta poesia
Cais de estrelas, muro da minha paisagem
Sem sombras, onde farol são teus olhos,
E teu ser, cais onde paro para ver navegar as ondas do oceano..

26 de junho de 2017

Sensível e romantica


Sabe que precisa amar
Sentir, como um turbilhão
Sonha e se desfaz tua realidade
Descompassa o lirismo de teu ser
E se perde nas entrelinhas
Nada lhes falta, senão viver
Deixar sonhar o sono
Saudar o sol pelas manhãs
E escrever tardes de inverno...
Deslizando junto ao vento
Procura tuas mãos a superfície rasa
E faz partir os medos e devaneios
Transforma o instante, palpável
E sobre estas sombras
Que te fazem temer a perda
Faz renascer o sonho,
Ainda não realizado
Nada está perdido
E não há nada que inspire,
Senão respirar, e deixar partir as ilusões
Que as vezes são instantes,
Outrora, porta que se abre ao novo mundo!
Tão nosso, que criamos as estradas de nosso único caminho...

Estendem-se os meus campos
E abrem-se os lírios
Ruminam as folhas
E fazem rodamoinhos

Crescem os cravos
E perfumam os ares
O vento faz a curva
E adormecem as borboletas

Enquanto vagam e voam os vagalumes
Faz fluir num ato belo
O vasto monte intocável
Crescendo vem os galhos pequenos, frondosos

E brotam flores no meu campo
Me deito a relva
E assim te sonho
Luci di lunna, num encanto

25 de junho de 2017

"Pousamos as mãos  ao sol que adentrava a janela. E ele titânico a clarear, nos dizia; Assim como há palavras, o brilho que mostro-lhes, diz que há poder em tuas mãos.
Pois se plantas, poderás colher...
Se apontas, que seja para indicar o caminho
Se enxergas, pode estender ao caído
E se andas, pode ser a sombra do que não vê...
E se regas, a de ver todas as flores crescerem, não só as tuas. Mas as de todos os campos!

Estendem-se os meus campos
E abrem-se os lírios
Ruminam as folhas
E fazem rodamoinhos

Crescem os cravos
E perfumam os ares
O vento faz a curva
E adormecem as borboletas

Enquanto vagam e voam os vagalumes
Faz fluir num ato belo
O vasto monte intocável
Crescendo vem os galhos pequenos, frondosos

E brotam flores no meu campo
Me deito a relva
E assim te sonho
Luci di lunna, num encanto

24 de junho de 2017

• Profundo e raso...

Me desconheço,
E tudo é vão
Nada sei de mim
Sou confuso,
Sou uma idéia
De quase nada
Sou uma lei
Uma janela
Distante do corpo
A porta se fecha
Todos partem
Quase não me lembro
Me dizem,
Mas disso já sei
A ideia
Do que dizem, e se vai
Pois natural
Morrer, como folhas
Ser uma semente
Distante, dos quotidianos
Assim...
Dias escurecem, aos
Fins das tardes
E noites se declaram
Pelas manhãs
Não sei quem amar,
Pela escolha
Chega, adentra
Senta-se
A ver meu pôr-do-sol
D'onde sou eclipse
Deste outro lado!
Lado claro da vida,
Onde não há
Sombras nem espinhos
Nascimento e réquiem,
Nada temos,
Senão os sentidos
Tudo e vão
Como as frestas das portas
Que se fecham...
Sou a chave
Dos infindáveis sonhos,
Meus...
Profundos no raso mundo!

23 de junho de 2017


O mundo em mim é vazio. E eu em meio ao mundo, não me sinto como parte de nada. Nem dos coletivos, nem de tudo que de tempo em tempo, se desfaz...
Não que eu seja excluso, mas de certo, tenho aprendido a excluir o mundo de todo Mundo, que moderno é. Pois sinto que não sou antigo, mas em mim, habita ainda os modos antigos. Dos quais me tornam ignorante aos iguais, aos incrédulos de si. Aos mortíferos da língua. Do que sei, é que as cores dão nome as coisas, transformam as vias; E desenham em nós, a distância do que temos para tudo que fora do mundo está. Para alcançarmos!
# O exterior nada é senão destroços, tempo que chega e se esvai. Porém, todo interior, inda que longínquo, podemos sentir e viver.
       (Adorável inverno; Fragmentos.)

Ouço o badalar do relógio...

o o badalar do relógio ...

E se estende os minutos
E vou adiante da vida
Do tempo e das horas
Sou eu o assombro
Pois penso o que nem vejo
Assim sou eu o vento
O tempo e o "tique-ta-que-ar"
Deste relógio, já mudo
Pendurado nesta parede
De um cômodo vazio
Que sou eu!
E parte vós diante de mim
Sou a nau desta escuridão
E tu, que de mim se esconde
Faz-me te achar
Neste canto mudo
Cego pelo mundo
Nada em mim, é real
Senão o que está adiante de mim
E chega feito o vento...
Tudo toca, em nada fica
E o badalar volta
A despertar meus sentidos
Pois sou farol, e Tu!
Minha praia.

19 de junho de 2017

A terra das sombras


Podemos nós não falarmos do amor
Podemos também diante disso, pensar
Como quem procura entender
E encontrar a razão de nem tudo ser, como é; Porque pensamos

Só quem não erra em refletir
Ser este espelho, diante de nós
Que nos faz enxergarmo-nos
E nunca erra em refletir, porque não pensa, mostra

Sombras são os pensamentos aos olhos
Em que tudo distorce
Assim como o amor falado
Para erra todos os gestos e depois fugir
Dá-me este segundo para refletir;

Prolonga o silêncio
O que te afasta...
Seja isso que és
è tudo que precisa

Jurar amar de verdade?
E depois fugir?
Não é assim...
Tem de ser;

"Separados ou juntos
Insanos ou saudáveis."

18 de junho de 2017

(O meu tinteiro

Porque meu tinteiro
São os olhos
Meu corpo apenas um mero movimento
Que por ali passa
Mas estou aqui
E daqui pra lá
Todas as ruas,
São só desenhos
Os muros passagens
E eu a caneta do meu tinteiro...
O meu tinteiro,
Que nada desenha
Senão o sonhar
Sobre todas as coisas
Das que não vejo
Mas faz-me sentir
Coisas das que tudo são
Como cores que sonho
E cria-se o nome
Das máquinas ne engrenagens
O meu tinteiro, sonha
Discerne a realidade pra alma
Pois tudo sou que sinto
Digo que nada sei
Pois nem tudo é;
Como penso ou vejo
Só que em mim,
Quem tudo sabe
É ela, ALMA desnuda
Como bravo mar...
Junto ao meu tinteiro de todas as cores!

17 de junho de 2017

Eu sou o amor, porque não falo do amor; sou a razão do que sinto mesmo sem ter. E quando me entrego, me entrego dos pés a cabeça. Porque não sou inteiro, procuro a metade que me completa."

(Póstumo aqui,

Em meio ao sol
Recém nascido
Junto a ventania
Das asas de beija-flores

Como se anunciassem
O caminho
Derradeiro de águas cristalinas
O júbilo que cultiva o jardim

Inaugural manhã
Sol, que saúdo
Confortavelmente a sós
Suspiro o ar que respiro

E plácido me torno a pensar
Na ventania que se foi
Toco minhas plantas e flores
Como um ritual de núpcias.

16 de junho de 2017

"Não nasci assim,

Não nasci assim para amar as palavras
Aquecer o coração e congelar os sonhos
Não nasci assim com o coração mortal
Que sente pelo corpo, e morre no ápice das imperfeições

Não nasci assim repartido para escolher quem amar
Tampouco fingir ser o que se quer possuo
Desejar o mar e naufragar nas ilhas
Vislumbrar teu olhar e me perder nos faróis

Não nasci assim como parte do cortejo as paixões
Que definem os enganos pelas noites
Trazendo incerto amanhã, queima, sente
Não nasci assim, como quem finge amar e machuca

Torna-te lua minha, para que eu seja assim
O sol que te queima quando desce á noite estrelada
Torna-ne a nau para que eu te navegue
Horizontes longínquos e inalcançáveis...

Pois não nasci para te querer, mas te transformar
No oceano que me perco, para te achar
Pois se não nasci assim,
Em ti, me encontro como quero e preciso ser."

15 de junho de 2017

Como se tua chegada fosse o sol em meio a noite escuro. Dobro os pensamentos e me ponho a sentar aqui sobre esta janela como se o vento me fosse tua companhia e chegada. Partindo a nau dos males, faz cantarolar os pássaros, brotar as rosas e faz resplandecer o mais belo campo com teus jasmins. Vestem-se as nuvens de marfim, formando infindável cântico a lua que d'outro lado está. Óh, que lirismo há em meu jardim e se esconde por entre estes arbustos? Melindra chuva foi-se e partiu os medos, os tornando meras fantasias. Desce uma nota, criando formoso e titânico sentimento, voraz e único. Transcende o instante, fazendo esse tempo, profunda e perfeita sinfonia, onde os pássaros fazem a obra. Formosa, fazê de ti horizonte, onde sou plano oculto, que somente adormece para criar a obra, eis que está, onde sou lápis e tu papéis...

13 de junho de 2017

"Nos amanheceres distantes, podemos sentir a urgência que tem a vida por nós. Nossos corações carregados de sonhos, céus abertos. Enchemos a vida com esperanças, mas devemos nós não afogar nossos corações nelas. Pois a vida nos ensina com urgência, que não temos como dever nos oferecer a sermos a escória, tampouco o que finda as alegrias. Somos uma urgência, e há anos o tempo que por nós passa, quer alterar, não em nós os sonhos. Mas a realidade dos outros. Somos um vento em popa, a nau que desembarca nas ilhas, mas quase nunca queremos explorar a solidão, nos encontrar nas respostas que se ocultam dentro de nós. Ei-nos aqui, prontos para esta urgência, e sem que percebemos estamos indo até o fim. Não sigamos as placas, não sejamos dirigidos pelas notícias. Tampouco vamos rir da desgraça alheia. Olhemos a urgência que tem a flor que quer ser regada, sejamos a fonte, não o poço."

Somos urgentes para a vida!
Somos o clamor da realidade...

12 de junho de 2017

# Suspendem os sonhos quando o dia amanhece. Bom seria, se de repente tudo pudéssemos mudar sem o receio de machucar alguém. Que mandar embora, fosse o melhor sentido da volta. Não, não é isso uma declaração. Tampouco uma confissão, é algo que eu quero mostrar e que é diferente! Vou reclamar deste dia, porque eu não tenho uma namorada. Mas vou agradecer por nunca ter acordado ela pelas manhãs frias deste outono e dos invernos que se foram. Embora, seja um dia triste, uns se alegram, mas iludem-se pela ideia de que este dia, é também como o dia de amanhã. Deixa eu fazer diferente, provar não num só dia, mas em todo instante. Estar presente para te ajudar, estar longe para te pensar. E te buscar, em meio a esta singela confissão. Ora, aqui eu recomeço tudo, e te espero como sempre e será. Não há quem me proteja de sentir, mesmo que não tenha a ti, que tanto te sonho. Tenho pensado no quão maravilhoso é o amor, mas melhor tem sido o sono. Porque nele, te sonho a chegar como mais linda e intocável primavera."

( Não comemore o dia. Mas saúde quem esta ao seu lado, todos os dias. E a quem alumia teus pensares, sinta a alma viver, tornando-se válvula do coração, e sentido para os olhos. E os planos engrenagens que ruminam os males. Realiza-se o amor, no presente instante. Não com presentes que se perdem. Pétalas que murcham e perfumes que acabam...

" Somos um reino no mundo...
A realidade de um sonho
O porto d'algum oceano
O céu de muitas estrelas
O caminho de muitas estradas
Á luz de todas ás luas
Á fonte de tantos rios
E ramos de muitos montes
Calor dos diversos invernos
Porta para o mundo De alguém...
    Somos assim então, á janela de nossas almas."

11 de junho de 2017

# É que na verdade, sem perceber. Arrisquei tanto conhecer a  mim, em minhas sensações febris, sendo elas muito mais silenciosas do que noites em picos de altas colinas durante as noites mais sombrias. Através dessa absoluta verdade, percebi que para se viver a dois, antes é necessário sermos um. E quando a febre havia aumentado, me sentei no sofá e sem que nada me pudesse me falar, senti que nunca guardei segredos de quem me contou um dia. Mas os meus, estavam todos selados, e ninguém além de meus pensamentos mais profundos, dos meus sabiam. Não havia de ser um segredo a dois, mas um mistério que poderia abrir abismos."

(Fragmentos)

Eu não sinto com o coração, sinto com a alma. Não penso pelas coisas que vejo, mas enxergo as coisas da maneira que eu penso.#
__________°_________
Vendo que todas as coisas passam, e o que pensamos mais é ilusão do que realidade. Decidi mover-me em meio aos destroços e realizar o descanso da alma. Não o cansaço do corpo. Tenho pensamentos vivos e sentimentos reais. Sei o que amo e busco encontrar o que não tem preços, mas sim, valor! #
_______•________

[O corpo é uma treva exterior; Eu não aprovo a ciência nem o entendimento. Busco entender a sabedoria e prudência!]
_________°________

"Tudo que se deseja sendo de outrem, ou ainda que seja igual; É um pedaço de escuridão."

"Percurso poético II.

Arfantes que zunem aos ventos
Dos flagelos que forjam a vida
Com a perca de tudo
Inexorável imaginação que comemora
As angélicas dançam no seu moinho de flores
Com as rupturas das nuvens
Entre visões acesas, Anilinas
Com as soleiras à rodopiar
Numa brisa mansa a cantar
Como instrumentos insinuantes
As catedrais escondidas
Que formam cristais estelares
Penumbra as cordilheiras desérticas
Fronteiras de epicentros só, um
O trôpego angelical
Sob os homens acéfalos
Marítimos a navegar detritos

"Desces
Descreves
Eis
Que
Prevaleces...!

10 de junho de 2017

# É que na verdade, sem perceber. Arrisquei tanto conhecer a  mim, em minhas sensações febris, sendo elas muito mais silenciosas do que noites em picos de altas colinas durante as noites mais sombrias. Através dessa absoluta verdade, percebi que para se viver a dois, antes é necessário sermos um. E quando a febre havia aumentado, me sentei no sofá e sem que nada me pudesse me falar, senti que nunca guardei segredos de quem me contou um dia. Mas os meus, estavam todos selados, e ninguém além de meus pensamentos mais profundos, doa meus sabiam. Não havia de ser um segredo a dois, mas um mistério que poderia abrir abismos."

# Não me negue teu riso, teu intervalo
Em existe e eu te sonhar
Porque ele faz-me espantar as minhas desalegrias
Nem me deixe pensar tanto
No quanto faz-me sorrir,
e alegre sou contigo
Não me negue tua presença,
ela preenche em mim,
Todas as lacunas,
Não me deixe viver sem ti,
Senão eu morro.#

# Em mim, habita um silêncio
Que percorre todo meu ser, imóvel
Porque paira aqui, diante de ti, e te sonho
Querendo descobrir o que sente
Sua tristeza soa alarmante, pois ver-te inerte a vida,
Não faz-me tão bem, quanto ver-te sorrindo
As sirenes da cidade se acendem junto as luzes
Eu te busco, persisto
Mas tua tristeza é neblina, e te esconde
Quem sabe um verso não te traria de volta!
Mas onde se esconde teu riso?
D'onde habitas fora tão longe de mim?
Sento-me a janela, a contemplar o sol quente
Raios confusos me aproximam de você,
E toda neblina se esvai junto aos pensamentos
Quem dera eu pudesse ser o vento
Para te tocar, sem que soubesse que eu sou
Assim também levaria para longe este descontente momento
Que em teu ser existe, mas há de passar
Como uma tempestade ao mar,
Me dou as ondas sem medo
Para que te não busque, mas te encontre
Nas mais profundas tristezas
E te alegrar em noite enluarada
Pois é estrela em meu aeon ...

6 de junho de 2017

(In Absoluto)



Ouço, passar o vento
Afoito
Arrastando as folhagens
Palavras que vagam
Saltando nuvens
De pronto, me entrego
Desfazendo-me
Por querer teus beijos
Envoltórios
Em minha boca
O firmamento impreciso,
De um movimento sepulcral
Um dilúvio
Tal em meu ser
Desenhando cada pensamento
Nada percebo
Senão a sensação
De que antes disso,
Nada antes vivi
Velozmente corre a água
Em sua fonte
Sou sua fronte e nascente
Pois estou aqui
Indecifrável
Como uma lança
Perco o fôlego
E desejo me achar
Neste enleio
Que me cobres de tu
D'um lado daqui
Distante
Por vezes sou deserto
Mas quando sozinho
Sou todos os meus confins
Que se realizam
Mesmo que teus beijos
Em mim
Não existam!

Embala a ideia de que tenho da noite! Das coisas, são breves, passam por nós, as vezes estranhos, estamos perdidos em meio aos outros. Quando nos perdemos das coisas, sentimos os verdadeiros sentimentos. As pessoas, suas formas, a vida é uma loucura. Mas para quem conhece Deus, sou maluco? Ou apenas um passageiro neste mundo? Verdade que tudo passa, e o que é nosso, não pertence a ninguém. Não nos matem o desejo do sonhar, sentir. Os males e os medos, que vencemos, somos sempre nós que o vencemos. Pois estas coisas de fora, são bem menos do que pensamos e podemos realizar, sozinhos!

Preciosidade

 "Definimos tudo e qualquer coisa da forma que simplesmente pensamos ser. Mas é necessário compreender que tudo não está sobre o nosso ...